Segundo
a Constituição Federal Brasileira de 1988 no artigo 118 inciso I “todos são iguais perante a lei”. Mas
porque ainda vivemos em uma sociedade com tanta desigualdade? Para Salvador
Allende “Não basta que todos sejam iguais
perante a lei. É preciso que a lei seja igual perante todos.” Nesse sentido
podemos refletir sobre as desigualdades no mercado de trabalho quando
comparamos homens e mulheres.
Cresce
exponencialmente o número de mulheres em postos diversos no mercado de
trabalho. Hoje vemos mulheres ocupando postos que, tradicionalmente, eram
ocupados por homens. Podemos citar como exemplo a função de motorista de ônibus
e taxi, petroleira, maquinistas, entre outras. Percebemos também, mulheres
ocupando altos cargos executivos em empresas privadas e na iniciativa pública.
A despeito de todo esse avanço é inegável que ainda persistam diferenças e a
mais gritante é o fato de que as mulheres continuam ganhando menos que os
homens que ocupam mesmo cargo/função.
Fato
é que divisão sexual no trabalho está inserida na divisão sexual na sociedade
que, obviamente, varia de sociedade para sociedade num determinado tempo. As
mulheres recebem em média 22% menos que seus concorrentes masculinos, mesmo
ocupando os mesmos cargos e desempenhando as mesmas funções. Numa empresa, em
geral, 80% dos postos de trabalho são ocupados por mulheres, mas apenas 20%
delas, ocupam postos de chefia. No entanto
há quem entenda que essa desigualdade salarial tende a diminuir nos próximos
anos.
Outro
ponto, que merece destaque é que no Brasil muitas trabalhadoras ocupam postos
de trabalho visto como feminino, tais como: empregadas domésticas,
babas, professoras de crianças, entre outras. Essa concentração de mão de obra
feminina em postos reconhecidos socialmente com trabalho feminino é característica
de uma sociedade que ainda não trata homens e mulheres de forma igualitária
quando o assunto é mercado de trabalho.
É
bem verdade que, enquanto sociedade, já avançamos bastante. Muitas conquistas
foram alcançadas pelas mulheres brasileiras, tais como: estabilidade no emprego
durante a gravidez e cinco meses após o parto. A participação da mulher
brasileira no mercado de trabalho vem aumentando, muito porque também vem
aumentando o grau de instrução das brasileiras e isso é fruto da luta e esforço
de cada trabalhadora.
Nos
últimos anos, muita coisa mudou e essas mudanças são decorrentes do desejo da
mulher de ter as mesmas oportunidades, de mostrar o quanto é capaz. Trabalhar
fora de casa, receber seu próprio sustento e de sua família é algo
relativamente novo que precisa cada vez mais de reconhecimento e melhorias. A
desigualdade precisa ser combatida, precisamos ter uma sociedade que
efetivamente trata a todos de forma igual e que tenha igualdade de condições e
oportunidade entre gêneros. Para nós mulheres a luta continua, nossas antepassadas
alcançaram êxitos em suas causas, mas não podemos perder o foco de que há muito
a ser feito.
Bibliografia:
Carloto,
Cássia Maria. Reestruturação Produtiva e o Trabalho Feminino: Gênero,
Reestruturação, Produtiva e Trabalho Feminino.
Falcão, Juliana. Elas realmente não fogem da luta
Juliana Ribeiro de Oliveira
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